1.9.03

Maldizendo

Há perdida em mim a antítese do comportamento antisocial que me é tão característico. Expressa em letras claras, caminhos tortos, novidades intensas. Para poucas. Que surge de um sorriso inocente, de um olhar profundo, de palavras fortes, porém doces. Que se perde junto com o eu que me constitui só. Sempre o último momento, a última chance, errado, apenas aquilo que faz meu mundo girar, ainda que eu relute em admitir como tal.

Ponho-me a viver cada nova com a intensidade que não é reservada para as relações frias do cotidiano. Perdido em cada fronteira, fascinado por um simples toque. Desmonto com 'pontos-em-comum' e 'fomos-feitos-um-pro-outro', e descubro que ninguém é tão bom para achar a pessoa certa errada quanto eu. Risos e lágrimas. Diana, Luisa, Julia ou qualquer uma que possa ser alçada ao pedestal de musa. Delas eu ganho palavras que são minhas, mas que já não me pertencem quando as ponho no papel, onde sigo a rotina de escritor de corações.

Técnicas. Sensações. Eu me apaixono a cada esquina.