15.11.04

Eu por mim mesmo assim de qualquer jeito igual a qualquer um

Olhar para os lados, mas não ver nada. Pensar várias vezes antes de agir. Escrever certo por linhas tortas. Talvez o mundo não saiba se acertar por si só, e seja preciso que cada ser humano repita-se infinitamente até que encontre alguma solução ou resposta para o eterno dilema de não se saber de fato o que se é. Curioso. E se alguém encontrasse a resposta, o que faria? Mudaria os cursos da história? Pouco provável. A repetição do erro é desculpa mais confortável do que a inabilidade com um novo possível acerto. Então guardaria para si? Duvido muito, há uma necessidade imensa de cada um de bradar uma descoberta aos quatro cantos como se isso o tornasse melhor por mais que um breve momento, até que ela se torna tão óbvia quanto as demais vítimas do tempo. O fato é que há muito pouco que se faça que fuja do lugar-comum, o óbvio que tentamos evitar a todo instante como se pudéssemos, de fato, alcançar alguma diferença significante. Eu não. Há muito já desisti dessa busca incessante e tortuosa. Sou mais simples agora. Aprendi a ser clichê.